sábado, 14 de janeiro de 2012

Pescoço de bebê é decepado durante parto



Reportagem do site G1.globo.com: 

Avó reclama que criança teve cabeça decepada e não recebeu explicações.
Bebê chegou morto ao hospital e procedimento salvou a mãe, diz médico. 

Tahiane Stochero Do G1, em São Paulo 


Familiares se reúnem em frente ao necrotério do
hospital onde bebê morreu no Maranhão
(Foto: Enedilson Oliveira dos Santos/Divulgação
Familiares de Maria Concebida de Jesus, de 30 anos, estão revoltados com a morte do terceiro filho dela, que foi entregue aos pais, logo após o parto, em uma caixa de sapatos, disse a avó, Osmarina de Jesus.

Segundo ela, o bebê foi “decepado” pelo obstetra Sergio Souza Barbosa, que fez o parto no Hospital das Clínicas em Chapadinha, cidade de pouco mais de 70 mil habitantes.

Barbosa afirmou ao G1 que teve que fazer o procedimento de cortar o pescoço do bebê porque o corpo da criança estava preso, com parte das pernas para o lado de fora da pélvis e a cabeça ainda dentro do útero.  “O bebê chegou ao hospital morto. Eu tive que fazer uma cesárea e cortar a cabeça para poder tirar o bebê e conseguir salvar a mãe”, disse ele.

A avó diz não ter recebido explicações do hospital e do obstetra sobre o caso. “Estávamos  esperando com um berço e o médico me chama para dizer que havia tentado salvar a criança, mas não conseguiu. Me entrega o bebê em uma caixa de sapato, com o pescoço enfaixado", reclama. Ela contou que, ao mostrar o bebê morto para parentes e amigos, perceberam sangue no corpo e resolveram tirar a faixa. "Foi neste momento que vimos que o pescoço havia sido decepado", lembra.

“O bebê não tinha condições de sair por parto normal, estava em posição sentada e isso já era constatado pelo ultrassom. O médico devia ter feito uma cesárea e resolveu fazer parto normal. Tentou puxar a criança pelo pescoço e ela não saiu e acabou dando nisso”, disse Osmarina. “Eu estava esperando o bebê com fraldas, e não com um caixão”, acrescentou a mãe do bebê, Maria Concebida.



Familiares retiram corpo de bebê no necrotério
(Foto: Enedilson Oliveira dos Santos/Divulgação)
Versão do médico

O médico Barbosa disse que a gestante tinha cesárea prevista para ser realizada nesta sexta-feira (13), mas chegou ao hospital em trabalho de parto por volta das 16h de quinta-feira (12) e que o parto normal foi necessário porque “a criança já estava com as pernas e parte do quadril para o lado de fora, e com a cabeça presa na vagina".

"Chamamos isso na medicina de cabeça derradeira. Eu tentei fazer manobras para liberar a cabeça, mas estava presa. Como o bebê não tinha batimentos, estava morto, busquei salvar a mãe.”

“Eu tinha que tomar uma atitude. Se não, a mãe poderia morrer. Tive que abrir, fazer a cesárea e cortar o bebê, tirando a cabeça pela barriga. Expliquei para a mãe e a avó, mas elas acham isso algo fantasmagórico. Deviam estar me vangloriando por salvar a vida dela (da mãe)”, afirmou Barbosa.

A secretária municipal de Saúde de Chapadinha, Maria Jose Pereira Coutinho, disse acreditar que o médico agiu de forma correta, mas instaurou um procedimento para apurar o que ocorreu e acionou o Conselho Regional de Medicina. O corpo foi levado para perícia no Instituto Médico Legal (IML) e a família registrou um boletim de ocorrência sobre o caso.

Procedimento para salvar a mãe
 
A pedido do G1, o ginecologista e obstetra José Bento de Souza analisou o caso. Ele afirma que a primeira coisa que o médico deve tentar em casos de “cabeça derradeira”, quando a cabeça do bebê fica presa, é tentar aumentar a dilação e expelir a cabeça por baixo. Já quando o bebê está morto, como o médio Barbosa relatou que ocorreu no Maranhão, o objetivo é salvar a vida da mãe, pois, caso o parto demore, há risco de infecções ou hemorragia.

“Se o bebê está morto e a cabeça presa, existe a possibilidade de, com uso de instrumentos, esvaziar a cabeça e fazê-la sair por baixo. Mas, se ele não tinha instrumentos, a prática feita pelo médico, pelo que foi descrito, está correta, este procedimento de decepar a criança existe”, explicou Bento. “Ele fez o que podia para salvar a mãe. A família está julgando-o por ter decepado a criança, mas deviam tê-lo louvado por salvar a mulher”, afirmou.
 Veja foto da criança divulgada por usuários do facebook: http://www.facebook.com/
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Um comentário:

  1. Em Urbano Santos não está diferente, pois a paciente do povoado raiz, o bebe ficou vivo, mais a mãe infelismente morreu de parto, uma paciente de apenas 4 anos, procurou socorro aqui no hospital, foi atendida pelo falso medico contratado pela atual gestão, infelismente tambem morreu, depois de uma aplicação de uma dosagem muito elevada a criança não suportou e faleceu, tambêm o filho do XXXXXX, quem não conhece o XXXXXXX, seu filho depois de sentir pequenas dores foi levado ao hospital, depois de medicado, encaminharam mais infelismente ao chegar em outro hospital, já não tinha mais jeito, tambêm morreu. Onde iremos chegar, por conta de tanta inrresponsabilidade de pessoas, que até agora não levaram a saúde das pessoas a sério.

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