sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Vítima do falso médico foi atendida no Hospital de Urbano Santos, no dia 05 de setembro

O que os jornais como “O Imparcial” e o “Jornal do Maranhão 2ª Edição”, além do Portal Imirante.com não sabem (ou ainda não tiveram a notícia detalhada) é que a criança Clara Vitória Dutra Rodrigues, que faria 4 anos no próximo dia 28 de outubro e que faleceu possivelmente após ser medicada pelo falso médico, foi atendida não no município de Belágua, mas na cidade de Urbano Santos, no Hospital Municipal Valdir Melo, na data de 05 de setembro de 2011, onde o médico trabalhava como plantonista, num plantão inclusive cirúrgico.

O Blog Urbano Santos em Nota relata abaixo um resumo detalhado dos acontecimentos expostos pela família de Clara Vitória, uma urbanosantense que nos deixou precocemente:
  
A avó, Srª Maria da Piedade Dutra Rodrigues relatou que a criança teria dado entrada no hospital por volta das quatro da tarde, após reclamar de fortes dores no pescoço, vômito e febre.  O falso médico disse que a criança estaria com infecção na garganta e receitou dois medicamentos, que apresentaram, logo depois, reações como manchas pretas pelo corpo, e machas nos lábios, além de dores no corpo que chegavam a causar gritos ao toque. A avó da criança (que era responsável por ela enquanto a mãe trabalhava em São Luís) e a tia acompanharam todo o ocorrido durante a internação.

A mãe de Clara Vitória, Maria Francisca Dutra Rodrigues, costumava ligar para a filha todos os dias e assim que soube de sua internação, buscou vários transportes para viajar a Urbano Santos, tendo dificuldades em encontrar vaga em decorrência do período de festejos.

Ao perceber o agravamento do quadro da neta, a avó teria pedido ao “médico”, pela primeira vez, que a encaminhasse a São Luís ou Chapadinha, isso, por volta das 18 horas da noite. O pedido foi feitos outras três vezes e negado em todas, instantes em que a criança continuava recebendo doses de diferentes medicamentos e quadro apenas agravava.

José Jaderson, o falso médico, disse a Dona Maria da Piedade que ele era o médico e sabia o que estava fazendo. E que a criança poderia até sair do hospital, mas não seria com um encaminhamento dele.

A avó relatou ainda que a enfermeira de plantão teria incentivado a transferência, que só foi efetivada quando deu entrada no hospital, por volta das 23:20 da noite, uma gestante necessitando de cuidados mais complexos que o hospital não podia oferecer (ou que o falso médico não sabia oferecer).

Assim, por volta de meia noite, a criança foi encaminhada á Chapadinha, vindo a falecer próximo às “Placas”, nos braços da avó, que ocupava o banco da frente da ambulância.

 A ambulância continuou a viagem até o município de Chapadinha, onde deixou a gestante, e voltou a Urbano Santos imediatamente.

De chegada em Urbano Santos, a avó da criança narrou ainda que, diante de seu pedido para que parassem no Hospital para que ela pudesse inquirir o médico sobre a morte da criança, o motorista teria afirmado que elas passariam direto para o Povoado Cajueiro. O que, segundo ela, de fato ocorreu, tendo ele apenas buzinado na rua que passa em frente ao hospital para que os familiares da vítima que aguardavam em frente à unidade vissem a passagem deles.

A ambulância só parou para que a avó e a tia de Clara Vitória pegassem poucos pertences deixados na casa de familiares localizada na rua do sol, ali próximo. E seguiu viagem para o Povoado Cajueiro onde a família mora.

Os familiares relataram ainda que durante os vinte e cinco dias que se seguiram até descobrirem que tinham sido atendidas por um falso médico, tentaram obter a ficha de óbito fornecida pelo hospital para fins de registro de atestado de óbito de Clara Vitória, sem sucesso. O Hospital teria exposto que não poderia entregar a ficha por que a criança fora atendida por um médico que não trabalhava mais no hospital e que outro médico não poderia assinar por ele. Ficando, desta forma, até a presente data a criança sem atestado de óbito.

A avó procurou a polícia assim que soube da prisão do falso médico, tendo seu depoimento colhido pela delegacia de polícia de Urbano Santos, ontem, dia 06. A mãe da criança também já prestou depoimento à polícia ontem.  A tia de Clara Vitória, Ângela Maria Dutra Rodrigues, que a acompanhou desde a internação até a transferência, dará depoimento esta manhã, dia 07.
_________________________
Desejamos que os fatos sejam apurados da melhor forma possível e que a família possa contar com o apoio da Justiça para não deixar que acontecimentos como este apaguem o sorriso de um inocente.

Devemos transmitir nossos sentimentos à família e resguardá-la acima de tudo. 

 Em pouco mais 7 horas no Hospital, o falso médico receitou pelo menos 7 medicametos para Clara Vitória...

Clique e veja em tamanho maior.
Relatório de atendimento de Emergência - pag. 01
Carimbo do Falso médico é nítido.



Relatório de Atendimento de Emergência - pag. 02
Lista de medicamennto injetados  em Clara vitória.

8 comentários:

  1. Sr. Pereira.
    Com relação ao "desejo de justiça para que não se apagasse o sorriso de um inocente"...gostaria de deixar registrado que Clara Vitória era uma inocente de sorriso maravilhoso, e pude comprovar por ter sido sua professora durante um mês.
    Uma criança descobrindo a vida, que ria de tudo que realizava, um desenho, uma pintura, uma brincadeira, uma criança linda e muito divertida.
    Esse caso não pode ser esquecido e os culpados devem ser punidos. A Secretaria de saúde deste município tem que ter responsabilidade ao contratar médicos para cuidar da população.

    Carlene Cavalcante.

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  2. Quero compartilhar algo que não sei se todas as pessoas que souberam deste triste fato perceberam.


    Quem não concordar comigo, peço que respeite minha opinião, pois podemos pensar de forma diferente, mas com respeito.


    Para mim, houve negligência do município de Urbano Santos com esta família.


    Acredito que ninguém em sã consciência contrataria um falso médico, mas Urbano Santos poderia ter evitado tal contratação buscando referências aqui mesmo sobre este “médico”, pois as atitudes dele já eram muito conhecidas, além disso, já havia denúncias contra ele, inclusive formalizadas pelo Núcleo de Cidadania de Belágua, que mesmo assim o manteve na equipe apesar das reclamações dos pacientes mal atendidos e da suspeita dos profissionais da saúde de lá.

    Contratar foi o erro mais justificável, neste caso.


    Injustificável, para mim, foi deixar a família sem resposta. Foi ter calado e abafado a voz e sufocado a dor de toda uma família: uma mãe que só ela mesma pode expressar o que sentiu ao chegar de São Luís e ver a filha...


    Injustificável foi ter negado a família uma resposta, negado atendimento após a morte da criança e “despejado” seu corpo no Povoado Cajueiro como se tratasse de um “pacote sem valor”.


    Li a cópia do boletim de ocorrência da delegacia onde há este relato e ouvi de Dona Maria da Piedade o relato que me chocou: a família foi impedida de interrogar o médico sobre o ocorrido e deixada de volta no Cajueiro. Por que não deixaram já que ele ainda estava no Plantão do Hospital.


    Não há registro de abertura de qualquer processo de investigação do caso.
    Injustificável foi não ter apurado os fatos e negar que ELE havia trabalhado no município. Afinal poderia e podem existir mais vítimas. Afinal foi uma vida! E os registros ficaram, estão aí para todos verem.


    Isso para mim é injustificável.

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  3. Estive com a Srª Maria da Piedade, avó de Clara Vitória e com Francisca, a mãe dela. A familia precisa de atendimento. Não esqueci uma frase que a avó de Clara disse para si mesma em tom bem baixo e com lágrimas nos olhos, mas que eu consegui ouvir “hoje é mais um dia que não vou conseguir dormir...

    Esta família precisa de ajuda, de uma simples resposta que seja; de alguém que as ouça e que as entenda. Acredito que a Assistência Social de Urbano Santos possa atendê-la no CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social).

    Há uma violação de direito e ela talvez possa se sentir melhor se for atendida por uma psicóloga do CREAS, mesmo não sendo psicologia clínica.


    Só uma sugestão.

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  4. Maiza,

    Como vc mesma narrou não tem justificativa... mais nós Urbanosantenses estamos a mercêr dessa situação o respeito pela pessoa humana aonde estão???
    Que essa Administração pare de fazer o nosso povo de moeda eleitoral e respeitem o cidadão por mais humilde que for.
    A familia só tenho a lamentar essa grande perda que com certeza era amada por todos familiares.

    O Povo de Urbano Santos merece respeito!!!!

    Jose Maria Santos Machão, bairro queimadas

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  5. ANTES ERA VISITE URBANO SANTOS ANTES QUE ELE SE ACABE.
    É MELHOR FAZER AGORA ASSIM;
    O POVO DE URBANO SANTOS PEDE SOCORRO AOS DIREITOS SOCIAIS E FUNDAMENTAIS PARA VIVER.

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  6. SR. Pereira a situação é critica, pois conversando com um amigo, o prefeito do TSE, continua do mesmo jeito quando da sua saida da prefeitura em 2008, não gosta de pagar as pessoas que estão trabalhando, pois o salário de muitos servidoes não foram pagos corretmente no mes de set/2011, pergunte ao assessor de comunicação Sr.Iranilton se isso vai continuar pois as pessoas tem seus compromissos a cumprir ass. Anônimo

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  7. AGORA LASCOU TD DE VEZ ESSA ADMINISTRAÇÃO ESTA EXONERANDO OS CONCUSADOS DA PRIMEIRA CHAMADA OS TEC. TRIBUTARIOS ESTÃO NA RUA!!!!
    KD A JUSTIÇA EM NOSSO MUNICIPIO???? SERA Q VAMOS TER Q FAZER JUSTIÇAS COM NOSSAS MÃOS???

    RESPEITEM NÓS SERVIDORES MUNICIPAIS!!!!

    SEBASTIÃO SILVA

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  8. A briga interna do sindicato dos professores já começou.

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