O que os jornais como “O Imparcial” e o “Jornal do Maranhão 2ª Edição”, além do Portal Imirante.com não sabem (ou ainda não tiveram a notícia detalhada) é que a criança Clara Vitória Dutra Rodrigues, que faria 4 anos no próximo dia 28 de outubro e que faleceu possivelmente após ser medicada pelo falso médico, foi atendida não no município de Belágua, mas na cidade de Urbano Santos, no Hospital Municipal Valdir Melo, na data de 05 de setembro de 2011, onde o médico trabalhava como plantonista, num plantão inclusive cirúrgico.
O Blog Urbano Santos em Nota relata abaixo um resumo detalhado dos acontecimentos expostos pela família de Clara Vitória, uma urbanosantense que nos deixou precocemente:
A avó, Srª Maria da Piedade Dutra Rodrigues relatou que a criança teria dado entrada no hospital por volta das quatro da tarde, após reclamar de fortes dores no pescoço, vômito e febre. O falso médico disse que a criança estaria com infecção na garganta e receitou dois medicamentos, que apresentaram, logo depois, reações como manchas pretas pelo corpo, e machas nos lábios, além de dores no corpo que chegavam a causar gritos ao toque. A avó da criança (que era responsável por ela enquanto a mãe trabalhava em São Luís) e a tia acompanharam todo o ocorrido durante a internação.
A mãe de Clara Vitória, Maria Francisca Dutra Rodrigues, costumava ligar para a filha todos os dias e assim que soube de sua internação, buscou vários transportes para viajar a Urbano Santos, tendo dificuldades em encontrar vaga em decorrência do período de festejos.
Ao perceber o agravamento do quadro da neta, a avó teria pedido ao “médico”, pela primeira vez, que a encaminhasse a São Luís ou Chapadinha, isso, por volta das 18 horas da noite. O pedido foi feitos outras três vezes e negado em todas, instantes em que a criança continuava recebendo doses de diferentes medicamentos e quadro apenas agravava.
José Jaderson, o falso médico, disse a Dona Maria da Piedade que ele era o médico e sabia o que estava fazendo. E que a criança poderia até sair do hospital, mas não seria com um encaminhamento dele.
A avó relatou ainda que a enfermeira de plantão teria incentivado a transferência, que só foi efetivada quando deu entrada no hospital, por volta das 23:20 da noite, uma gestante necessitando de cuidados mais complexos que o hospital não podia oferecer (ou que o falso médico não sabia oferecer).
Assim, por volta de meia noite, a criança foi encaminhada á Chapadinha, vindo a falecer próximo às “Placas”, nos braços da avó, que ocupava o banco da frente da ambulância.
A ambulância continuou a viagem até o município de Chapadinha, onde deixou a gestante, e voltou a Urbano Santos imediatamente.
De chegada em Urbano Santos, a avó da criança narrou ainda que, diante de seu pedido para que parassem no Hospital para que ela pudesse inquirir o médico sobre a morte da criança, o motorista teria afirmado que elas passariam direto para o Povoado Cajueiro. O que, segundo ela, de fato ocorreu, tendo ele apenas buzinado na rua que passa em frente ao hospital para que os familiares da vítima que aguardavam em frente à unidade vissem a passagem deles.
A ambulância só parou para que a avó e a tia de Clara Vitória pegassem poucos pertences deixados na casa de familiares localizada na rua do sol, ali próximo. E seguiu viagem para o Povoado Cajueiro onde a família mora.
Os familiares relataram ainda que durante os vinte e cinco dias que se seguiram até descobrirem que tinham sido atendidas por um falso médico, tentaram obter a ficha de óbito fornecida pelo hospital para fins de registro de atestado de óbito de Clara Vitória, sem sucesso. O Hospital teria exposto que não poderia entregar a ficha por que a criança fora atendida por um médico que não trabalhava mais no hospital e que outro médico não poderia assinar por ele. Ficando, desta forma, até a presente data a criança sem atestado de óbito.
A avó procurou a polícia assim que soube da prisão do falso médico, tendo seu depoimento colhido pela delegacia de polícia de Urbano Santos, ontem, dia 06. A mãe da criança também já prestou depoimento à polícia ontem. A tia de Clara Vitória, Ângela Maria Dutra Rodrigues, que a acompanhou desde a internação até a transferência, dará depoimento esta manhã, dia 07.
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Desejamos que os fatos sejam apurados da melhor forma possível e que a família possa contar com o apoio da Justiça para não deixar que acontecimentos como este apaguem o sorriso de um inocente.
Devemos transmitir nossos sentimentos à família e resguardá-la acima de tudo.
Em pouco mais 7 horas no Hospital, o falso médico receitou pelo menos 7 medicametos para Clara Vitória...
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Relatório de atendimento de Emergência - pag. 01
Carimbo do Falso médico é nítido.
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Relatório de Atendimento de Emergência - pag. 02
Lista de medicamennto injetados em Clara vitória. |